Informações sobre países abrangidos pela iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”

República Popular do Bangladesh

Descrição geral do país

A República Popular do Bangladesh ou, abreviadamente, o Bangladesh, está localizada no delta formado pelos rios Ganges e Brahmaputra, situados na parte nordeste do subcontinente do Sul da Ásia. Faz fronteira com Índia a leste, oeste e norte; com Myanmar a sudeste; e com a Baía de Bengala a sul. Tem uma costa de 550 quilómetros e uma área territorial de 147 570 quilómetros quadrados. O país está dividido em sete divisões administrativas, designadamente, Daca, Chatigão, Khulna, Rajshani, Barisal, Sylhet e Rangpur. O Bangladesh possui uma população superior a 160 milhões de habitantes, entre os quais 98% são bengalis, sendo o restante composto por mais de 20 etnias minoritárias. O islamismo é a religião predominante entre os habitantes bengaleses, que têm o bengali como a língua nacional e o inglês como a língua oficial. Daca (Dhaka, em inglês), a capital e a maior cidade do Bangladesh, é também o centro político, económico e cultural do país, bem como uma das principais cidades do Sul da Ásia.

O Bangladesh é considerado um dos países menos desenvolvidos do mundo. Com um nível de desenvolvimento económico relativamente baixo, a economia nacional depende principalmente da agricultura. A assistência internacional constitui uma importante fonte de reservas cambiais do país, assim como uma importante fonte de financiamento para os seus projectos de investimento e desenvolvimento. Nos últimos anos, o governo bengalês tem defendido a implementação da economia de mercado, o melhoramento do ambiente de investimento e o aumento de esforços para atrair investimentos estrangeiros, para além de elaborar extensos planos de desenvolvimento económico, incluindo a construção de um “Bangladesh Digital”, o aumento da capacidade de geração de energia e a auto-suficiência alimentar. Enfrentam-se, contudo, desafios, tais como a escassez de capital, de tecnologia e de energia. O Bangladesh mantém relações comerciais com mais de 130 países e regiões, sendo os principais mercados de exportação os Estados Unidos, a Alemanha, o Reino Unido, a Espanha e França. Os principais produtos de exportação incluem juta e os seus produtos, couro, chá, produtos aquáticos, vestuário, etc. Em termos de importações, as principais fontes de importação são a China, a Índia, os Estados Unidos e o Japão, tendo como principais produtos importados os têxteis, petróleo e produtos relacionados, óleo alimentar, algodão, aço e outros metais básicos. O Bangladesh é actualmente membro de organizações internacionais, como as Nações Unidas (ONU), a Associação da Orla do Oceano Índico (IORA), a Organização para a Cooperação Islâmica (OIC) e a Comunidade das Nações (Commonwealth of Nations).

Cooperação económica e comercial entre a China e o Bangladesh

Desde o estabelecimento de relações diplomáticas entre a China e o Bangladesh em 1975, as relações de cooperação amigáveis entre os dois países têm-se desenvolvido satisfatoriamente. As visitas de alto nível realizam-se com frequência, com uma cooperação frutuosa em termos políticos, económicos, militares e culturais. Ambas as partes compartilham perspectivas basicamente iguais em torno de uma série de grandes questões internacionais e regionais, mantendo uma estreita cooperação em assuntos internacionais. Em 2014, publicaram a Declaração Conjunta sobre o Aprofundamento de uma Parceria de Cooperação Global mais Estreita entre a China e o Bangladesh. Posteriormente em 2016, tal parceria foi actualizada para uma parceria estratégica, o que promoveu para um novo nível a cooperação e as relações entre os dois países.

Em termos da cooperação económica e comercial, foi criada a Comissão Conjunta de Economia, Comércio, Ciência e Tecnologia entre a China e o Bangladesh, em 1983. Além disso, foram assinados vários acordos, incluindo um acordo sobre a cooperação económica e técnica, um acordo destinado ao incentivo e à protecção dos investimentos, e um acordo para evitar a dupla tributação e prevenir a evasão fiscal. A China é a maior fonte de importações para o Bangladesh, sendo os principais produtos importados têxteis, produtos electromecânicos, cimento, fertilizantes, pneus, seda crua e milho. O Bangladesh, por seu turno, exporta matérias-primas para a China, tais como couro, produtos têxteis de algodão e alimentos derivados de peixe. Quanto aos investimentos, o Bangladesh é um dos principais países beneficiários da assistência chinesa, bem como um mercado tradicional para a empreitada de obras por parte chinesa no Sul da Ásia.    

No que diz respeito à cooperação cultural e educacional, a China e o Bangladesh assinaram um acordo de cooperação cultural a nível governamental e têm vindo a fazer intercâmbio de estudantes internacionais desde 1976. Em 2006, a China fundou o Instituto Confúcio na Universidade Norte-Sul do Bangladesh, seguido pela criação da Sala de Aula de Confúcio na Universidade de Tecnologia Criativa Shanto-Mariam em 2009. Em relação à cooperação de turismo, o voo directo entre Pequim e Daca entrou em funcionamento em Maio de 2005, seguido do estabelecimento de uma relação de amizade entre Kunming e Chatigão.

Informações sobre as oportunidades de negócio do Bangladesh

Os recursos minerais do Bangladesh são relativamente limitados. As reservas declaradas de gás natural atingem 311,39 mil milhões de metros cúbicos e as reservas de carvão atingem os 750 milhões de toneladas. O país cobre uma área florestal de cerca de 2 milhões de hectares, com uma cobertura de aproximadamente 13,4%.

Debruçando-se sobre a indústria, o Bangladesh é dominado por indústrias de matérias-primas, incluindo cimento, fertilizantes, juta e seus produtos, açúcar branco, fio de algodão, óleo de soja, papel, etc., com uma indústria pesada fraca e um sector de fabrico subdesenvolvido.

Em termos de aviação, a Biman Bangladesh Airlines opera três rotas domésticas e 18 rotas internacionais. Existem três aeroportos internacionais em Daca, Chatigão e Sylhet, respectivamente, com voos directos de Daca para Guangzhou, Kunming e Hong Kong.