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[2019-09-20] Maior parte das empresas de referência de Angola será privatizada em 2020

Fonte: Macauhub

A maior parte das empresas de referência de Angola vai ser vendida em 2020, através de concursos públicos, disse quinta-feira em Luanda o coordenador adjunto do grupo técnico do programa de privatizações.

Rui Vilar disse que essas empresas serão alienadas através de concursos públicos por não reunirem os requisitos necessários para serem transaccionadas em bolsa, como seja terem as suas contas auditadas sem reservas.

Neste caso encontram-se empresas em que o Estado angolano tem acções ou participações, como o caso do Banco Angolano de Investimentos (8,5%), Banco de Comércio e Indústria (100%), Caixa Angola (25%), TVCabo (49%), Unitel (20%), Mota Engil (20%) e Biocom (20%).

Além destas, Patrício Vilar indicou também como empresas de referência abrangidas no processo de privatizações para o próximo ano, sem precisar a percentagem das acções detidas pelo Estado, a cimenteira Nova Cimangola, Secil Lobito, NetOne, Angola Cable, Aldeia Nova, MSTelcom, Multitel, Textang, Satec, África Têxtil e Enana – que, neste processo, vai gerar uma empresa a ser privatizada.

O responsável adiantou, segundo a agência noticiosa Angop, que a ENSA, a maior companhia de seguros de Angola, será vendida este ano, igualmente através de concurso público, o mesmo acontecendo às participações de mais ou menos 1,0% que o Estado angolano detém nas cervejeiras Cuca, N’gola e Nocal.

Patrício Vilar, também presidente da comissão executiva da Bolsa de Dívida e Valores de Angola, realçou, na sua apresentação, que das 195 empresas abrangidas pelo Programa de Privatizações (ProPriv), apenas 17 vão ser vendidas por via da bolsa, enquanto as 178 serão por concurso público.

Entre as 17 empresas a serem vendidas via bolsa de valores, dado terem as suas contas auditadas sem reservas, constam a MSTelcom, ZEE, Multitel, Caixa Angola, Aldeia Nova, TAAG, Angola Cable, Sonair e Banco Económico.

O ProPriv prevê privatizar em 2021 as empresas Bodiva, Sonangalp, Angola Telecom, Angola Cable, Sonair, TAAG, Banco Económico e, em 2022, as últimas empresas, nomeadamente, a gigante Sonangol, Endiama e Correios de Angola.

O encontro com empresários e potenciais investidores, que decorre quinta e sexta-feira, foi aberto com um discurso do ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior.