Produto Interno Bruto (PIB) referente ao 3º Trimestre de 2019
A despesa de consumo privado cresceu estavelmente, tendo subido 2,8% em termos anuais, com uma amplitude ascendente semelhante à do trimestre anterior, apesar de ter ocorrido uma queda notável no consumo dos residentes em bens duradouros (-12,4%). No entanto, cresceram as despesas de consumo final das famílias no mercado local (2,5%) e no exterior (3,4%).
A despesa de consumo final do governo manteve-se em ascensão, aumentando 4,3% em termos anuais. Salientam-se os acréscimos de 2,5% na remuneração dos empregados e de 6,2% nas compras líquidas de bens e serviços.
Abrandou a quebra no investimento em activos fixos, registando-se no terceiro trimestre uma descida homóloga de 8,5% na formação bruta de capital fixo, em termos reais, com destaque para as contracções anuais de 9,7% no investimento em construção e de 3,0% no investimento em equipamento. Entretanto, caía 26,3% o investimento do sector privado em construção, acompanhando a redução do investimento em empreendimentos habitacionais e consequente descida da margem de lucros dos operadores de imóveis. Todavia, o investimento do sector privado em equipamento aumentou 1,7%. Por seu turno, subiu significativamente 131,3% o investimento do sector público em construção, quer em virtude do acrescido investimento do Governo, quer devido à base de comparação relativamente baixa do trimestre homólogo do ano passado, aquando da conclusão das principais obras na Zona de Administração de Macau na Ilha Fronteiriça Artificial da Ponte Hong Kong-Zhuhai-Macau. Contudo, desceu 19,3% o investimento público em equipamento.
O comércio de mercadorias enfraqueceu. As importações de bens apenas aumentaram moderadamente 1,6% em termos anuais, por causa da diminuição contínua no investimento, apesar da despesa de consumo privado ter mantido a ascensão. Entretanto, abrandou a procura externa, com uma subida ténue de 0,5% nas exportações de bens.
No trimestre em análise acentuou-se o decréscimo das exportações de serviços. Devido a influências de factores externos, o número de turistas diminuiu 1,2% em termos anuais enquanto o número de excursionistas apresentou um acréscimo. As despesas per capita, quer dos turistas, quer dos excursionistas, registaram descidas notáveis, o que determinou uma queda de 12,4% nas exportações de outros serviços turísticos. Por seu turno, o decréscimo homólogo de 4,2% nas exportações de serviços do jogo foi arrastado pelo alargamento do decréscimo das actividades das salas VIP. Entretanto, as importações de serviços aumentaram 2,1% em termos anuais.
Nos primeiros três trimestres de 2019 a economia de Macau registou uma retracção homóloga de 3,5%, em termos reais. Quanto aos principais componentes das despesas do PIB, registaram-se subidas de 2,9% na despesa de consumo privado e de 4,9% na despesa de consumo final do governo. Observaram-se descidas de 22,1% no investimento e de 9,1% nas exportações de bens, enquanto as importações de bens subiram ligeiramente 0,3%. As exportações de serviços desceram 1,9%, salientando-se a queda de 2,0% nas exportações de serviços do jogo. As importações de serviços desceram 10,4%.
As taxas de crescimento económico dos anos de 2017 e de 2018 foram revistas para cima, ou seja, 9,9% e 5,4%, respectivamente. Quanto a 2019, as taxas de crescimento económico foram todas revistas para baixo, isto é, -3,8% para o primeiro trimestre, -2,2% para o segundo trimestre e -3,0% para o primeiro semestre.
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