20/04/2024 - 03:12:37
You are here: Página InicialComunidade de Países de Língua Portuguesa Notícias[2020-02-20] Angola despende 235 milhões de dólares com a compra de roupa em 2019

[2020-02-20] Angola despende 235 milhões de dólares com a compra de roupa em 2019

Fonte: Macauhub

Angola despendeu 170 milhões de dólares em roupa nova importada e 65 milhões de dólares em roupa usada (fardo) em 2019, recursos que poderiam ser poupados se as indústrias têxteis do país estivessem a funcionar, disse o secretário de Estado da Indústria.

Ivan do Prado, que prestava informações ao Presidente da República, João Lourenço, durante a visita à fábrica Nova Textang II, com a recuperação das três principais fábricas do país (Satec, África Têxtil e Textang II), as empresas privadas têxteis têm condições para produzir 20 milhões de peças de roupa/ano.

A Nova Textang II tem uma capacidade de produção mensal de 250 mil metros lineares de tecido, resultado de um investimento de 251 milhões de dólares, usados na recuperação das suas infra-estruturas e maquinaria.

A fábrica fez parte do pacote de recuperação das três principais unidades têxteis do país, iniciativa que contou com um financiamento japonês na ordem de 1,2 mil milhões de dólares.

Em 2009, sob proposta do Ministério da Indústria, foi aprovado um Programa Executivo do Sector da Indústria para o período 2009-2012, que inseriu os Projectos de Recuperação da África Têxtil, ex-Satec e Nova Textang II.

Depois da sua recuperação e modernização, a Nova Textang II e as outras duas passaram, em Setembro de 2013, para a esfera privada, um processo marcado por irregularidades.

Desde a entrega das três fábricas às sociedades privadas, a África Têxtil produziu menos de 10% da sua capacidade, a Nova Textang II menos de 5,0% e a ex-Satec 0,0%, segundo dados avançados pelo Instituto de Gestão dos Activos e Participações do Estado.

Em Março de 2017, o Governo, após análise da situação das fábricas têxteis, decidiu retirar a sua posse às empresas privadas que as detinham, posto o que foi decidido optar pela privatização gradual das unidades, sujeitando os privados a requisitos prévios que as citadas sociedades não cumpriram.