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[2019-10-24] Moçambique projecta quatro portos secos para a província de Manica

Fonte: Macauhub

A província de Manica, centro de Moçambique, poderá vir a dispor num futuro próximo de quatro portos secos para ajudar a descongestionar o porto da Beira, na vizinha província de Sofala, disse recentemente em Chimoio o presidente do Conselho Empresarial Provincial de Manica, Samuel Guisado.

O responsável disse que os os quatro portos, a serem edificados em Inchope, Chimoio, Vandúzi e Manica, serão uma alavanca importante para impulsionar o rápido desenvolvimento da província de Manica, em especial da futura Zona Económica Especial de Chimoio.

O matutino Notícias, de Maputo, escreveu que esta intenção consta do projecto de transformação de Chimoio, capital de Manica, em Zona Económica Especial (ZEE) e foi tornado público no decurso de um encontro havido recentemente, co-organizado pela Agência de Promoção das Importações e Exportações (Apiex), Ministério da Indústria e Comércio, Direcção Provincial da Indústria e Comércio e o Conselho Municipal de Chimoio.

Samuel Guisado disse ainda que as quatro localidades mencionadas reúnem condições estratégicas para o estabelecimento de portos secos, os quais poderão contribuir para flexibilizar o comércio da província de Manica e dos países vizinhos, que têm no porto da Beira a principal porta de saída e de entrada dos produtos que exportam e importam.

Os portos secos projectados para a província de Manica estarão directamente ligados às estradas nacionais números 1 e 6 e à linha férrea Beira-Machipanda, sendo que o primeiro será erguido no Inchope, o principal cruzamento rodoviário da região centro, onde se entrelaçam as duas estradas que ligam as regiões sul, centro e norte do país.

O porto seco de Inchope, que também poderá ser conhecido por Estação Aduaneira Interior de Inchope, vai constituir terminar internacional de carga que poderá desanuviar a concentração de carga em contentor destinada à exportação e importação a partir ou proveniente do porto da Beira e dos países do interior, nomeadamente para o Zimbabué, Malaui, Zâmbia e República Democrática do Congo.