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[2019-09-26] China quer ajudar processo de industrialização de Angola

Fonte: Macauhub

A China quer construir em Angola fábricas de montagem de veículos, estaleiros de construção de navios pesqueiros e centros de reciclagem a fim de o país a industrializar-se, disse terça-feira em Luanda o embaixador Gong Tao.

O embaixador da China em Angola salientou a intenção das autoridades do seu país em intensificarem a cooperação com Angola, particularmente no domínio da industrialização, actualmente concentrada na agricultura, petróleo e construção civil.

Dados oficiais chineses divulgados pelo Fórum de Macau indicam ter as trocas comerciais entre os dois países ultrapassado 27,7 mil milhões de dólares em 2018, com um crescimento de 24,2% em termos anuais, sendo que no primeiro semestre de 2018 cresceram 1,9% para mais de 13,6 mil milhões de dólares.

O embaixador da China, que falava num encontro com jornalistas, adiantou haver empresas chinesas que estão a efectuar pesquisas de mercado em Angola sobre as oportunidades de investimento no país bem como as áreas de intervenção.

Gong Tao adiantou que desde 2002, ano em que se reforçou a presença do seu país em Angola, empresas da China reconstruiram 2800 quilómetros de ferrovia,  20 mil quilómetros de estradas, construíram 100 mil habitações sociais, mais de seis escolas e hospitais, obras que servem para apoiar o desenvolvimento económico e social angolano.

O embaixador, citando estatísticas que qualificou de incompletas, referiu que o investimento chinês em Angola ultrapassou já 20 mil milhões de dólares, segundo a agência noticiosa Angop.

No encontro realizado no Centro de Imprensa Aníbal de Melo sobre o quadro do desenvolvimento das relações sino-angolanas, o embaixador deu conta também que a dívida de Angola para com o seu país baixou de 23,3 mil milhões de dólares em 2017 para 22,8 mil milhões em 2018, ou seja, uma redução real de 500 mil dólares ou 2,0% do total.

A China acolhe, em Novembro, a primeira edição da Feira China/África do Comércio e Investimento e o embaixador chinês augura por uma “forte participação angolana” no certame, manifestando-se “confiante” nas acções do Governo angolano para a melhoria do ambiente de negócios.