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[2019-01-25] Economia de Angola inicia período de maior crescimento económico, EIU

Fonte: Macauhub

A economia de Angola deverá crescer à taxa média de 2,6% ao ano no período de 2019/2023, uma melhoria relativamente à taxa igualmente média de 1,4% que se registou entre 2014 a 2018, antecipou a Economist Intelligence Unit (EIU), no seu mais recente relatório sobre o país.

Esta taxa de crescimento mais elevada do que no período mas mesmo assim reduzida relativamente a valores mais elevados registados no passado deve-se, segundo o relatório, ao facto de a economia angolana continuar demasiado dependente do sector do petróleo, tendo o projecto de diversificação da economia produzido resultados modestos.

O crescimento económico previsto deverá ficar a dever-se ao início da exploração do campo de petróleo Kaombo e com uma expansão mais sólida da despesa pública bem como do consumo privado, neste último caso devido à injecção de recursos adicionais na economia.

“A rasa de crescimento prevista é muito inferior à contabilizada na década até 2014”, afirmam os analistas da EIU, que antecipam a quebra do rendimento per capita até 2023, atendendo ao facto de o crescimento populacional ser superior ao previsto para a economia.

O documento prevê ainda que a moeda de Angola, o kwanza, continuará a depreciar-se face às principais divisas em 2019, sendo que o fortalecimento do dólar, conjugado com o receio dos investidores relativamente aos mercados emergentes, fará com que o kwanza mantenha a tendência de depreciação pelo menos até 2023, último ano coberto por esta análise.

A taxa de inflação, que se tem mantido sistematicamente em dois dígitos, deverá ter tendência a reduzir-se ligeiramente até 2023, ano em que se deverá situar em 10,5%, quando para este ano está prevista uma taxa de 23,7%.

O relatório afirma que o governo angolano parece estar empenhado em alcançar a consolidação fiscal, nomeadamente para reduzir a dívida pública acumulada para cerca de 60% do Produto Interno Bruto, contra os actuais 70%.

A EIU recorda que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2019 foi elaborado e posteriormente aprovado com o preço do barril de petróleo a 68 dólares, tendo uma previsão de crescimento de 2,8% e tendo as despesas inscritas registado um aumento de 17% relativamente ao OGE para 2018.